(v.1) - “O
Senhor é o meu pastor;...”
O salmista descreve a
jornada de uma ovelha com o seu pastor e este pastor é o Senhor Deus, o qual o
salmista chama de “meu pastor”. Só pode chamar o Senhor de “meu pastor” quem
tem uma experiência singular com Ele. Ninguém que conhece o Senhor por ouvir
falar, consegue ter esta intimidade.
“...nada me faltará.” Numa sociedade, que vive em busca da riqueza e
da fama se torna cada vez mais difícil encontrar pessoas dispostas a viver da
providência divina. O Senhor não nos dá tudo que queremos, mas sim tudo o que
precisamos.
(v.2) “Deitar-me
faz em pastos verdejantes;...” O Senhor nos traz à seu aprisco, onde temos alimento e abrigo. As
pessoas estão cansadas numa insaciável busca
por felicidade. Quando conheçamos ao Senhor, podemos deitar na certeza que tudo
que precisamos esta n`Ele.
“... guia-me mansamente a águas tranquilas.’ – Nenhuma
ovelha consegue beber águas turbulentas, por isso o pastor busca aguas calmas
para o rebanho.
(v.3) “Refrigera
a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.” O pastor mostra-nos como caminhar, quando alguém
deseja seguir seu caminho, longe do
pastor acaba tomando decisões erradas e andando em caminhos perigosos.
(v.4) “Ainda
que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu
estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.”
Se andarmos em
caminhos difíceis ou em situações de risco, nem assim precisamos temer, porque
o pastor estará conosco.
Vara - representa a correção, as vezes o pastor
precisa corrigir a ovelha dispersa;
Cajado - serve para puxar a ovelha que se atraiu por
alimentos á beira de penhascos e deve ser orientada de volta ao rebanho.
(v.5) “Preparas
uma mesa...” representa
a proteção de Deus, os anfitriões protegiam seus convidados dos inimigos.
“...perante
mim na presença dos meus inimigos;...” não faltará lutas, nem adversários enquanto vivermos no
presente mundo, o que difere alguém que serve ao Senhor dos demais é não
estamos nesta luta sozinhos e podemos ter a certeza da vitória.
“...unges com óleo a minha cabeça, Era comum ungir um convidado com óleo
aromático. O apóstolo Paulo escreveu na carta aos coríntios: porque para Deus somos
o bom perfume de Cristo.(IICo2.15.a)
“...o meu
cálice transborda.” Novamente somos levados a lembrar que um anfitrião servia a taça de seu
convidado até que a mesma transbordasse em sua presença como sinal de fartura.
A vida com Deus é abundante e como disse o filho pródigo ao cair em si: “... na
casa de meu pai tem pão com fartura” (Lc 15.17)
(v.6) “Certamente que a bondade e a
misericórdia me seguirão todos ‘os dias da minha vida, e habitarei na casa do
Senhor por longos dias.”
No final da jornada a
ovelha era recolhida ao aprisco. Aguardemos ansiosamente pelo dia do
arrebatamento pois, “Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais
morte, nem pranto, nem lamento; nem dor; porque já as primeiras coisas são
passadas. (Ap21.4)
Alexandre Bilhalva