terça-feira, 15 de outubro de 2013

Reincidência a Drogas

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Alexandre Oliveira Bilhalva










A reincidência a Drogas














Porto Alegre 
Agosto de 2012


Alexandre Oliveira Bilhalva












REINCIDÊNCIA A DROGAS








Projeto de Trabalho de Conclusão apresentado como exigência do  Curso de Bacharel Livre em Teologia do Instituto Bíblico Esperança.
















Orientador (a): Pr. Walter Pereira


Porto Alegre
Agosto de2012


SUMÀRIO
1.     INDRODUÇÃO.................................................................................................... 3
2.     OBJETIVOS ....................................................................................................... 4

        2.1 GERAL.......................................................................................................... 4

        2.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................. 4
             
3.     METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................................... 4

4.     O PERFIL DO DEPENDENTE QUÍMICO........................................................... 5

        4.1- SINAIS SUJESTIVOS DO USO DAS DROGAS...........................................6         
5.      CONSEQUANCIAS DAS DROGAS....................................................................7   
6.     O PAPEL DA IGREJA.......................................................................................... 8

6.1 – A IGREJA DEVE PROPORCIONAR O CONHECIMENTO DE DEUS.......8

6.2 – A IGREJA DEVE PROPORCIONAR O AMBIENTE  DE ACOLHIMENTO                   E COMUNHÃO  .........................................................................................8    

6.3 – A IGREJA DEVE ENVOLVER A FAMILIA DO DEPNEDENTE..................9

6.4 – A IGREJA DEVE ENCORAJAR E ENCAMINHAR AO TRATAMENTO           ESPECIALIZADO.......................................................................................9

7.     CENTRO DE RECUPERAÇÃO......................................................................... 10

        7.1. A INTERAÇÃO DA IGREJA COM O CENTRO DE RECUPERAÇÃO........12

8.     A LIBERTAÇÃO  À LUZ DAS ESCRITURAS.....................................................14

        8.1 - O QUE A BIBLIA ENSINA SOBRE O ASSUNTO .....................................16        

9.     BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 20









1.INTRODUÇÃO

Para falarmos sobre o problema da reincidência as drogas, primeiro precisamos entender o conceito de drogas.
O advogado criminalista Rodrigo Silveira da Rosa em seu artigo cita que A  Lei nº. 11.343/2006 ao definir o que seja droga, no seu artigo 1º, parágrafo único, traz um conceito genérico, qual seja: “consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência,
Tais substâncias põem em risco o bom convívio social e, o que é mais grave, o mal que fazem à saúde física e mental do usuário. Motivo pelo qual o dependente a drogas sempre foi  visto como um viciado, caracterizado por uma conduta compulsiva e marginalizada, e hoje  a  dependência é um  problema que atinge todas as camadas da sociedade, estando presente em ambos os sexos de adultos, jovens, adolescentes e até crianças.
Este problema está presente também em todas as culturas e países, motivo pelo qual a Organização Mundial da Saúde começou a enfocar o dependente com um enfermo e a dependência a drogas com uma patologia.
Neste sentido, os objetivos principais da atual Lei 11.343/2006, criada pelo Estado é, sem dúvida, diferenciar o traficante do mero usuário, onde  o usuário ou dependente de drogas  passa a ser tratado como um doente, como realmente o é, e não mais como um criminoso trazendo assim, medidas educativas, tanto de tratamento, quanto de reinserção ao convívio social.
Notamos assim que por muito tempo o Estado tratou o dependente químico com repreensão e agora assume que este problema também é de natureza política, gerado pela desigualdade social, desajustes e as injustiças que caracterizam a realidade sócio-econômica e cultural brasileira.
Com isso o Estado substitui a repreensão e castigo pela educação e proteção e se aproxima um pouco da missão da Igreja que trabalha com a reabilitação de uma vida e como resultado tem a mudança no comportamento.
A igreja desempenha um papel fundamental neste trabalho, pois através da palavra de Deus anunciada, o usuário passa a crer no Senhor Jesus e o poder do Espírito Santo o capacita a resistir as droga. A palavra de Deus o leva a uma reabilitação social, pois a sua vida é modificada, bem como seus hábitos, ambientes, amizades, etc., passando a amar o próximo, e testemunhar com suas experiências aos outros que se encontram na mesma situação, através dos trabalhos da igreja.
Cristo age assim, em todas as esferas importantes para a recuperação de um viciado, trazendo também soluções para os conflitos psicológicos e ajudando o ex-usuário a conquistar a sua dignidade e confiança  com a família e com a sociedade.

Mas já é do conhecimento de muitos, o difícil processo de libertação do dependente químico.
È comum ouvirmos que o irmão tal, estava freqüentando os cultos da igreja e de repente retornou ao uso das drogas ou quando, a pessoa busca ajuda, é conduzido à uma das clínicas de recuperação, mas acaba fugindo ou, para espanto de todos, acaba voltando ao vício, mesmo após ter concluído todo o tratamento. Por que isso acontece?

2. OBJETIVOS

2.1 GERAL
O objetivo deste projeto é mostrar e intervir no alto índice de reincidência ao uso de drogas, queremos avaliar  porque o processo de tratamento e cura do dependente químico se torna muitas vezes repetitivo e a sua  dificuldade na integração ao corpo de Cristo.
2.2 ESPECÍFICOS

- Avaliar o perfil do dependente químico.
- Avaliar o papel da igreja no tratamento do dependente químico;
- Avaliar o papel dos centros de reabilitação no tratamento ao dependente químico e a importância de sua interação com  a igreja.
- Estudaremos o assunto pelas  escrituras sagradas.


3. METODOLOGIA DA PESQUISA

Queremos desenvolver este trabalho através de análise e visitas ao Centro de Recuperação, mais especificamente falando, serão acompanhadas durante 4 dias as atividades terapêuticas ao interno da Associação Comunitária Cristã de auxilio aos carentes do RS, sito a estrada chapéu do sol,1870, desenvolveremos este trabalho também através de  leituras bibliográficas sobre o assunto proposto e de pesquisas na internet, livros pessoais, livros orientados e o uso da bíblia.
Analisaremos o papel da igreja do Senhor e o seu preparo para lidar com esta classe de pessoas que necessitam de um cuidado muito especial




 4. O PERFIL DO USUÁRIO
          Analisamos diversas literaturas e notamos que não se  pode traçar um perfil correto do usuário de drogas, pois as características pessoais e a história de vida dos dependentes são semelhantes às de qualquer individuo e a dependência a drogas está presente em todas as faixas etárias, sexo, escolaridade e classes sociais.
          Pesquisas recentes revelam, por exemplo, que os jovens de classe média ou alta consomem mais drogas do que os da periferia, provavelmente em função do seu maior poder aquisitivo, mas estes últimos estão mais sujeitos a se tornar dependentes ou traficantes, devido à limitação de oportunidades de trabalho e lazer. (fonte: www.adictoseanonimos)
Alguém pode se tornar um dependente químico, alegando passar por uma  situação difícil, mas que também é vivida por outro indivíduo que não  optou  pelo uso da droga. Outros se tornaram dependentes por uma curiosidade, para aumentar a auto-estima, para fugir do tédio ou da solidão, ou apenas em busca de prazer.
Veja o que disseram em entrevista alguns dos internos da Associação Comunitária Crista de Auxilio aos Carentes
Claudio Reginaldo da Cruz cresceu num lar com seis irmãos e com 14 anos  já contava com mais quatro irmão paternos, porque seus pais  haviam se separado. Ainda aos 14 anos começou a ingerir bebidas alcoólicas acompanhando  seu pai e aos 16 anos passou a usar drogas injetáveis, Claudio informou que diluía remédios intravenosos  como: Antargon, Reavitan, Gluconegam e outros fortificantes que causavam efeitos alucinógenos, comprados  em farmácias.
 Paulo B. de Souza diz ter usado drogas para ser aceito entre os amigos, “me disseram que era normal e que todos meus amigos estavam usando e eu deveria usar também para ser como eles.”
Marcos se sentia deprimido com seu relacionamento e usou pela primeira vez a maconha para se refugiar, pensando: "com esta droga eu ficarei mais calmo". Com o passar dos anos foi buscando sensações mais fortes através de outras drogas como a cocaína e tornou-se um viciado.
João Paulo informou que cresceu num lar  com  má estruturação familiar (o pai era viciado e batia na esposa, o irmão estava preso, e João Paulo não freqüentava  a escola porque tinha  que trabalhar para ajudar no sustento da casa), por influência de amigos, buscou nas drogas uma forma de fugir dos problemas.
Muitos acabaram consumindo drogas, pela influência de colegas e amigos (pressão externa do grupo para consumir drogas), ou também, como  uma tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança. Mas de qualquer forma o uso de droga causou dependência e os entrevistados passaram a viver em função da droga e a fazer qualquer coisa para consegui-la.
4.1 – SINAIS SUGESTIVOS DO USUÁRIO DE DROGAS
Mas, mesmo não sendo possível traçar um perfil correto do usuário,  podemos estar atentos  ao comportamento de uma pessoa no estágio inicial, onde a pessoa é considerada apenas como usuário e não dependente.
Segundo especialistas em dependência química, alguns sinais são sugestivos para que se perceba se uma pessoa pode estar usando drogas. São estes: mudanças bruscas do comportamento sem uma causa aparente, afastamento do convívio familiar, descuido com a higiene e aparência, apologia ao uso de drogas, faltas às aulas e ao trabalho, acidentes e traumas.
  • Olhos vermelhos - o álcool, a maconha, a cocaína, a cola e o éter provocam vermelhidão nos olhos.
  • Dedos amarelos - provocado pelo cigarro de maconha que o jovem fuma até o final.
  • Irritação e agressividade - qualquer observação dos pais desencadeia nele uma crise de agressividade.
  • Afastamento - não convive mais com os familiares, entra em casa e vai direto para o quarto.
  • Amigos esquisitos - deixa de andar com os velhos amigos e arruma amigos que usam drogas, bebem e se vestem de forma extravagante.
  • Venda de objetos estimados - vende o tênis preferido, o casaco, o skate, o som, etc., tudo para poder pagar a droga.
  • Mudanças de horário - chega cada vez mais tarde e acorda tarde também.
  • Desmotivação - quer dormir durante o dia, começa a faltar nas aulas, para os cursos paralelos e de praticar esportes, se desinteressa por tudo.
  • Furto de pequenos objetos - jóias da mãe, dinheiro, aparelhos domésticos, etc.
  • Problemas com a polícia - podem ocorrer prisões, detenções e processos.              (fonte:www.vidasemdrogas.org)
Estes sinais devem ser observados, pois na possibilidade de uma pessoa estar usando drogas, podem ser tomadas algumas ações antecipadas impedindo que o usuário se torne um dependente.
Segundo especialista o dialogo, uma conversa franca, sem humilhação e com espaço para que a pessoa se expresse pode ter resultados além do esperado. Faça-a  perceber os riscos que corre e decidir mudar de comportamento.
A motivação para atividades interessantes, criativas, divertidas ou desafiadoras, o estímulo ao convívio com grupos de pessoas envolvidas em projetos esportivos, culturais, intelectuais, sociais ou recreativos, a oportunidade de se integrar em grupos de sua faixa etária que não sejam usuários de drogas, podem ser alternativas para que ele venha a descobrir novas formas de encontrar prazer.
Existem situações (quando o consumo de drogas é abusivo) em que é necessário buscar ajuda de especialistas, sejam eles educadores, terapeutas ou médicos.

5. CONSEQUENCIAS DO USO DAS DROGAS
O uso de drogas pode causar dependência química e desordens psicológicas,  risco de overdose, o aumento ou diminuição da pressão arterial, danos à diversos órgãos do corpo (como os pulmões, cérebro, fígado e rins) e aumento do risco de câncer (especialmente no uso de tabaco, álcool e maconha)
A vida de um viciado muda radicalmente e os efeitos das drogas trazem prejuízos em sua saúde física, emocional, social e espiritual.
Alguns dependentes não conseguem ver o sentido da vida por ter algumas funções importantes do cérebro afetadas por uso contínuo de substâncias como o crack. Os psiquiatras são unânimes em afirmar que estas substâncias podem atrofiar regiões do cérebro  que permitem ao ser humano ser civilizado.
Vejamos as principais alterações que estão sujeitas os dependentes químicos:
·        ALTERAÇÃO BIOLÓGICA: Todas as drogas causam danos à saúde física, sendo que vários órgãos podem ser seriamente comprometidos, causando várias doenças cardíacas, respiratórias, do aparelho digestivo, do aparelho sexual, e podem até levar a morte.

·        ALTERAÇÃO PSICOLÓGICA: (afetivo, emocional) - As drogas podem causar várias alterações no campo psicológico dos dependentes, tais como: diminuição da atenção, concentração e memória, perda da noção do tempo e espaço, alterações bruscas de humor, perda da auto-estima, tornando-se uma pessoa passiva, insegura e introvertida, podendo causar depressão ou outros sintomas mentais mais graves.

·        ALTERAÇÃO SOCIAL: As drogas prejudicam o desempenho social, profissional e afetivo, trazendo conseqüências como repetência escolar, afastamento da família, brigas com o namorado, rejeitar e ser rejeitado pelos amigos que não usam drogas. Para os adultos, perda de emprego, dinheiro, da família e dos amigos (rompimento dos vínculos sociais). 
               Fonte(s) www.ctprojetovidanova.com.br





6. O PAPEL DA IGREJA NO TRATAMENTO AO USUÁRIO
A igreja através da pregação do evangelho deve levar o(a) dependente químico a reconhecer os prejuízos que as drogas têm criado em sua vida. A obra do Espírito Santo o convence para que ele mesmo solicite ajuda, pois sozinho, é praticamente impossível deixar as drogas, com isso o dependente passa por um processo de conscientização, sendo motivado a mudar de vida, quando  confrontado com  a sua deplorável situação.
O usuário precisa ser levado a um encontro com Jesus, pois todo tratamento iniciado sem a pessoa do Espírito Santo está enfadado ao fracasso, pois é Ele quem convence o homem do seu pecado, (Jo 16.7-14). Jesus é o único que lhe dará uma maior sensação de prazer que a droga proporciona. Um usuário de drogas deve ser tratado com objetivos pela igreja.
6.1 - A igreja deve proporcionar o conhecimento de Deus
Este conhecimento que leva o usuário a ser liberto do vício e transformado em uma nova criatura. Importante que o usuário não passe apenas por um período de abstinência, mas tenha um encontro pessoal, firme e verdadeiro com Cristo.
A pessoa quando crê em Jesus e O aceita como Salvador, tomando a séria decisão de obedecê-Lo, uma mudança  inexplicável começa a acontecer em sua vida e o desejo do vício vai desaparecendo à medida que a fé em Jesus vai aparecendo, e tudo se torna novo, diferente.
 A maneira de pensar, de agir toma outro rumo.
Surge, então, uma “nova pessoa” com um  desejo ardente de praticar o bem; começa brotar no coração uma alegria singular que ocupa o lugar da tristeza, surge um conforto espiritual, uma paz que inunda todo o ser, um sentimento de amor vai se apossando e vai crescendo, dia após dia, tornando a pessoa mais cordial, mais compreensiva, mais sensata, perdoadora e com uma imensa vontade de viver para louvar e glorificar a Jesus (Romanos 6.10-13).
 Esses são os sinais da conversão, da transformação, do novo nascimento. Quando, de fato, a pessoa é transformada pelo poder do evangelho, é liberta do poder das trevas, do poder do pecado, e passa a ter um novo pensar e agir.  “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8.32).

6.2 – A igreja deve proporcionar o ambiente de acolhimento e comunhão
A dependência causa um sofrimento tanto de fator social, familiar como psicológico e muitos por não conseguir lidar com este sofrimento se envolvem cada vez mais chegando a overdose ou até mesmo ao suicídio. É na igreja que o  usuário encontra um ambiente de perdão e aceitação, pois existe  uma expectativa em que ele venha a pertencer a família de Deus, isso o faz sentir-se valorizado, criando nele esperança, fazendo-o buscar mudanças em seu caráter.
          Acolher significa tomar para si mesmo, estas pessoas devem ser tomadas pela mão e acolhidas para que não permaneçam sozinhas em sua caminhada.
Devemos  acolher em amor TODOS OS QUE CHEGAM Independentemente de onde vem e como vem e pequenos gestos como apertar a mão, abraçar, dar boas vindas, sorrir, indicar um assento, pegar uma cadeira, dar uma informação, são gestos de boa acolhida.
                
6.3 – A igreja deve buscar envolver a família do dependente
Na igreja temos os primeiros passos de uma restauração de relacionamentos e por isso, o  envolvimento da familiar se torna fundamental na reconciliação do indivíduo  consigo mesmo, com a sociedade e com a família que deve ser levada a adotar uma nova postura frente ao dependente químico, e implementar estratégias que permitam fortalecer sua decisão de libertar-se da dependência química.
Foi o apoio familiar, que contribuiu para a recuperação de Maiara. Por 12 anos, ela viveu dependente de crack. Somente com o apoio da família é que conseguiu buscar a sua recuperação. “minha mãe procurou a Igreja e fui encaminhada para a clínica de reabilitação em três Coroas, durante o período de sua recuperação recebia o apoio de familiares que mantinham freqüência nas reuniões e contatos.
6.4 – A igreja deve encaminhar e encorajar o tratamento especializado
A dependência é uma doença crônica e pode necessitar de tratamentos múltiplos, em casos específicos como risco de suicídio, agressividade e psicose o dependente precisa de ajuda especializada ou internação.
A igreja cumpre eficazmente seu papel como motivadora e reconciliadora, mas durante o processo de desintoxicação a abstinência total é a opção mais segura para o resultado esperado e dependendo do envolvimento da pessoa com as drogas se faz necessário encaminhá-lo a um centro de reabilitação. O dependente, muitas vezes, precisa ser retirado do meio em que vive para poder vencer o período da abstinência e a igreja não consegue acompanhá-lo  e prestar um suporte necessário á recuperação desta pessoa.
Carlos Moisés freqüentou os cultos da igreja evangélica Assembléia de Deus com a esperança de se recuperar da dependência da cocaína e crack e reconquistar sua família. Neste período, conta ele,”estava alucinado pelas drogas, cheguei a morar na rua”. Moisés não conseguia se livrar das drogas uma vez que as mesmas lhe eram oferecida á caminho de sua residência.
A igreja o encaminhou para o Centro de Reabilitação “Chapéu do Sol” onde permaneceu por um período de 9 meses sem a influência externa de pessoas lhe oferecendo drogas. Após a sua recuperação o mesmo retornou liberto e transformado  pelo poder da palavra de Deus e foi admitido ao convívio familiar e eclesiástico.

7.  O PAPEL DO CENTRO DE RECUPERAÇÃO

 Recuperar uma pessoa das drogas não é uma tarefa fácil. Ao menor fraquejar, já está a pessoa se drogando novamente com cocaína, álcool ou com alguma das inúmeras outras drogas que existem.
Reduzir o consumo de drogas e álcool é uma tarefa infrutífera. Cada episódio de consumo de droga aumenta o desejo por mais e assim o processo de recuperação acaba sempre adiado. Por isso a abstinência total do consumo de todas as drogas ao mesmo tempo incluindo álcool, maconha, etc. é a opção mais segura para a doença não retornar.
Uma clínica de recuperação de drogados pode ajudar muito no processo de recuperação porque oferece métodos terapêuticos que são essenciais para que o tratamento tenha sucesso, além de um ambiente isolado proporcionando a  abstinência necessária.

          A maior  motivação, do centro de recuperação, para a intervenção do paciente, no entanto, não é na recuperação do uso de drogas em si, mas na transformação total deste indivíduo segundo os ensinamentos da palavra de Deus.


Vejamos alguns dos benefícios das clínicas de recuperação:

·                      Na clinica de recuperação o usuário está afastado de influências externas que poderiam lhe oferecer a droga. Normalmente o usuário é uma pessoa impotente face ás drogas e  o isolamento é um método importante  para que o indivíduo tenha maior capacidade de resistir a tais “fissuras”, recorrendo ao consumo.

·                      Na clinica de recuperação o dependente ingressa no tratamento definitivamente. Algumas pessoas experimentam apenas  períodos de abstinência  ou ficam adiando sua decisão diante da  dificuldade de se manter sem o uso das drogas.

·                      O ingresso na clínica de recuperação é uma forma de conquistar a confiança  da família que está desacreditada diante de tantas tentativas por parte do usuário.

·                      Na clinica de recuperação em geral o paciente convive com um grupo, onde ele encontrará apoio psicológico de outras pessoas que passaram pelo vício. É a força da coletividade agindo sobre o indivíduo necessitado. Não há psicoterapias nem internações que garantam uma proteção tão grande e tão empenhada quanto a que esses grupos oferecem.

·                      A clínica de recuperação promove palestras dentro da área de dependência química.

·                      A clínica de recuperação promove atividades interdisciplinares para arrecadação de fundos e outras atividade profissionais  que intensifica o relacionamento entre internos e descobre aptidões. Estas terapias ocupacionais evitam a reincidência.

·                      A clínica de recuperação promove a disciplina do interno através do cumprimento de horários de descanso, atividades e espiritualidade. É importante entender que a Espiritualidade, o Trabalho e a Disciplina são partes importantes para superação e recuperação do dependente.         
  
·                      A clínica de recuperação promove horários determinados para relacionamento do interno com a família através de visitas, em alguns casos o usuário se encontra completamente isolado da família e é na clinica que estes laços são retomados.

·                      A Clinica de recuperação oferece atendimento psicológico, médico e odontológico e algumas apenas encaminham os internos aos  atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

          Depois que eu entrei pro Centro de Recuperação eu descobri que eu tenho bastante talento, talento que eu nem imaginava ter. Aprendi a tocar violão  na clínica e depois   eu fui pra outra igreja pra poder ajudar, porque eles tavam precisando de mim. Hoje eu ensino a tocar violão, contrabaixo e guitarra. (Gustavo O.)




7.1-    A IMPORTANCIA DA INTERAÇÃO DA IGREJA COM O CENTRO DE RECUPERAÇÃO
O processo de reabilitação é um trabalho muito difícil e árduo, a dependência a drogas é uma doença complexa que vão além da dimensão espiritual, pois envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais. Segundo especialistas do assunto o tratamento percorre as seguintes etapas:
Motivação Ajudar o dependente químico a reconhecer os prejuízos que as drogas têm criado em sua vida.
Desintoxicação – Fase da abstinência, onde muitas vezes necessitam de uma equipe de profissionais especializados em dependência química.
Como já vimos, a dependência química é uma doença complexa que envolve fatores biológico, psíquico e social, o que explica a força terrível da crise de abstinência, que leva à recaída, segundo Luciana Yukiko Ambrósio, da Unidade de Atendimento Psicossocial da Clínica Viva “ a pessoa tem sintomas físicos, dor de cabeça, febre, dores no corpo, mal-estar acompanhados da sensação de que a fissura nunca vai passar e que vai morrer.
Reabilitação – A pessoa deve ser ajudada a reajustar-se  a um estilo de vida livre das drogas, deve-se manter altos níveis de motivação para continuar a abstinência e esforços continuados para evitar o retorno ao uso das drogas.
          O trabalho da igreja neste grupo é muito expressivo, mas ainda podemos apresentar algumas dificuldades para se obter um resultado satisfatório, sendo:
         
          Muitas igrejas não têm condições de dar às pessoas o que seria necessário para reestruturar suas vidas porque são pequenas e não têm suporte financeiro para
tanto.
          A  falta de conhecimento técnico que lhes instrumentem melhor para enfrentar essa situação.

          A igreja não consegue cumprir na sua totalidade a tarefa de acompanhar o dependente no período da desintoxicação,  a pessoa precisa estar afastada de todo o estímulo que o leve a recaída, porque  depois da pessoa estar dependente do vicio é impossível controlar a compulsão pelas   drogas.

          Por outro lado, essas dificuldades são minimizadas quando a igreja trabalha de maneira articulada com os centros de recuperação. Por isto, uma das formas da igreja ajudar um dependente  é encaminhá-lo à clínica de recuperação.


.
Mas o que ocorre quando uma pessoa não quer ser tratada num centro de recuperação ou quando ela sai do centro de recuperação  e procura uma igreja para congregar?
          Tanto a igreja quanto o centro de recuperação tem seus papeis distintos neste processo e muitas vezes a troca de um ambiente pelo outro causa algumas insatisfações.

           O interno do centro de recuperação estava acostumado a cultos todos os dias da semana, incluindo vigias de orações, jejuns e cultos extensos com grande participação de leigos e focados para libertação.  Na igreja, embora tudo isto faça parte da sua liturgia, a mesma não trabalha como o ritmo dos centros de recuperação por ser uma  realidade diferente e eles precisam ser levados a se adaptar a esta realidade.

           A igreja ainda precisa oferecer melhor estrutura tanto para receber a classe dos dependentes, como também uma estrutura para tratar aqueles que não foram enviados às clínicas.

           Deveríamos ter um departamento  da igreja, assim como temos de missões, família, jovens, etc. onde teriam um culto específico com palestras e ensinos, obreiros preparados para o assunto, e preferencialmente obreiros profissionais na área de saúde para acompanhar o dependente.

           Cada ex-usuário deveria ser apadrinhado e poder contar com os tais para ser reintegrados a sociedade.

          Rodrigo Souza obreiro da igreja a 6 anos após se libertar das drogas afirma que sempre que se encontra em uma situação difícil da sua vida a primeira mensagem que vem em sua mente é usar drogas, como ele não é mais escravo deste vicio consegue sem muito esforços evita-la, mas ele afirma que esta mensagem esta sempre presente, devido ao estrago que a cocaína fez a sua saúde mental.

           A igreja deve acompanhar estas pessoas durante longos períodos e principalmente depois de saírem dos centros de recuperação.

          A conversão vivida por essas pessoas constitui uma tentativa de reestruturação de suas vidas que perderam em decorrência de seu uso indevido de drogas. A igreja é “abraçada” por estes como um esforço para dar sentido àquilo que estava destituído.

          Então a igreja passa a ter a responsabilidade por recuperar ou manter esta pessoa na comunhão. A luta contra as drogas passa a ser uma luta de toda a igreja.






8.   A LIBERTAÇÃO A LUZ DAS ESCRITURAS
          Tonina Miraglia, psicóloga e consultora do COMAD, Conselho Municipal Anti-Drogas de Piratininga- SP e Milton Lucas, advogado, pastor e presidente do COMAD publicaram em uma de suas palestras sobre o uso de drogas uma mensagem contendo alguns princípios para o dependente:

1. Princípio 1: ENCARE A REALIDADE

          a. Reconhecer o problema e a incapacidade de vencer sozinho

          b. Tiago 4.6 “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”


2. Princípio 2: CREIA E NÃO PERCA A ESPERANÇA

          a. Crer que Deus existe, se importa e tem poder

          b. Hebreus 11.6 “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”


3. Princípio 3: ASSUMA UM COMPROMISSO

          a. Confiar a vida ao controle de Cristo

          b. Atos 16.31 "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa"


4. Princípio 4: FAÇA UMA LIMPEZA GERAL

          a. Confessar as falhas a Deus e a alguém de confiança

          b. Provérbios 28.13 “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”


5. Princípio 5: BUSQUE A TRANSFORMAÇÃO

          a. Buscar mudanças no caráter

          b. Romanos 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”

6. Princípio 6: PERDOE e RESTITUA

          a. Restaurar relacionamentos e restituir prejuízos

          b. Efésios 4.31-32 “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós. Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”


7. Princípio 7: EMPENHE-SE NA MANUTENÇÃO

          a. Buscar continuamente a Deus para permanecer firme

          b. Filipenses 3.12-14 Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e alcançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus






























8.1 - O que a Bíblia ensina sobre o assunto

          Escolhemos uma passagem bíblica para entendermos como Deus atua na vida de uma pessoa para convertê-lo aos valores do Evangelho

          A passagem do livro de Ezequiel, no capítulo 37 , através de uma visão do vale de ossos secos, Deus nos dá um exemplo de como Ele restaura a vida de uma pessoa.
Deus leva o profeta em espírito a um vale de ossos secos “e me fez caminhar ao redor deles;” diz o profeta, “e eram mui numerosos...”. Isto nos mostra que você não é o único nesta situação, Deus provê um escape tanto para você quanto a todos que estiverem passando por esta situação. O socorro vem pela vontade e pelo amor incondicional de Deus.

Então, me perguntou: Filho do homem, poderão viver esses ossos?

          Deus está, através de uma alegoria ou parábola se referindo a realização de uma obra de restauração na vida de uma pessoa que se encontra destruída, e aparentemente morta, sem poder fazer ou receber alguma coisa.
          O seu envolvimento com as drogas talvez tenha levado todos os seus amigos, parentes e até a família a ficar desacreditados em uma mudança em sua vida, mas Deus estava falando de algo que Ele pessoalmente realizaria por alguém e sem a ajuda de ninguém, pois o milagre de regeneração  somente  Ele é capaz de realizar.
          Com o profeta não foi diferente ao ver a situação daquelas pessoas, ele tinha certeza que nada poderia ser feito, mas também conhecia o Deus em que servira, e responde:

“...Senhor Jeová tu o sabes.”

          Você deve entender que  Deus lhe ama mesmo na situação de osso seco, O amor de Deus é incondicional. Você pode não ter nada para lhe oferecer, pode ter feito muitas coisas erradas e estar aprisionado e sozinho, mas Deus lhe ama pelo valor que lhe deu e pelo que Ele pode realizar em sua vida.
         
Disse Ele: profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.

          Deus da uma ordem ao profeta que profetize sobre os ossos, que nesta visão pode ser feita uma alegoria as pessoas que estão morrendo no cativeiro de pecados e vícios, o profeta deveria pregar  a palavra, pois é por ela que somos libertos. A palavra de Deus é como sabão para limpar-nos  de toda sujeira e somente o conhecimento da verdade pode nos libertar de toda algema que nos aprisiona.
          Notamos que neste texto por diversas vezes o profeta é ordenado a profetizar, porque a libertação de um drogado nem sempre é uma obra instantânea e sim uma ação continuada.

          Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o Senhor.

Então profetizei como se me deu ordem... O profeta anunciou a palavra obedecendo a ordem de Deus, e notamos que diversas vezes ele recebe esta ordem. Uma pessoa na dependência das drogas precisa ser acompanhada durante o processo de libertação, precisa se manter motivada para que não venha desistir no caminho, precisamos fazer como o profeta que não parava de anunciar  e estava acompanhando aqueles ossos até que a obra de Deus fosse completa. A família é muito atingida pelas atitudes de um viciado o que leva muitos a desistirem ou cansarem no caminho, mas devemos estar firmes e fazermos todo esforço para que o dependente permaneça motivado diante do Senhor jesus.

...e houve um ruído enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.

          Notamos que a primeira obra que Deus faz é colocar tudo no seu lugar, muitos são os que entram pelo caminho das drogas por falta de estrutura seja ela familiar, sentimental ou psicológica. Deus coloca cada osso ao seu osso, refaz tudo o que o diabo tinha destruído, seja pelas influências, escolhas erradas ou até mesmo por ser vítima de um sistema de vida ingrato. Os ossos estavam desconjuntados, secos e misturados, humanamente falando não havia qualquer esperança ou alguém que pudesse fazer algo, mas vemos que esta obra parte da vontade de Deus, dando a capacidade de se manter em pé.
          Outra verdade que aprendemos nesta passagem bíblica é que Deus deseja que o homem aprenda estar de modo ordenado. Uma das reclamações dos pacientes das clínicas de recuperação é que não gostam de submeter-se aos  regulamentos, tais como; hora para acordar ou dormir, hora para refeições, etc...e muitas vezes abandonam o tratamento por não entender  que não se é possível conquistar sem as vezes abrir mão das liberdades que tinham quando estavam na rua ou em suas casas.

“E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles,...”
         
          Nervos fazem parte do sistema nervoso, são eles que conduzem sinais sensoriais e estimulatórios para o cérebro.
          Os sinais sensoriais ou sentidos (paladar, olfato, toque, audição e visão) são os  meios dos quais os seres vivos percebem e reconhecem outros organismos. As drogas afetam diretamente a capacidade de uma pessoa reconhecer o que lhe é passado, podemos disser assim. O dependente  parece surdo diante dos conselhos recebidos, parece cego diante da sua situação, é tocado com amor e não sente, não consegue enxergar que tudo o que a família deseja é o seu bem. São capazes de roubar, enganar ou até mesmo deixar o sustento dos próprios filhos e conjugues por causa das drogas, seus sentidos da realidade estão comprometidos.
          Os sinais estimulatórios  provocam uma resposta fisiológica ou compor-tamental num organismo. Deus dá ao dependente, condições de responder ao toque do seu Espirito, de tomar uma atitude, uma posição diante da situação que se encontra.

“...e cresceu a carne,...”

          A carne é a força do corpo humano, são os tecidos musculares formados por proteínas, agua e gordura (reserva de energia).

Aqueles ossos foram colocados em pé, estavam todos os ossos estruturados, para que pudessem entender que Deus queria iniciar uma grande obra de recriação em suas vidas;
Foi-lhes dado  então, nervos para  que tivessem a capacidade de reagir diante da vontade de Deus;
Deus reveste de carne aquilo que agora era apenas esqueleto e nervos para que possam caminhar, fazer escolhas para o bem e se identificarem com outros seres humanos.

“...e estendeu-se  a pele sobre eles por cima...”

            O maior índice de abandono das clinicas de recuperação por parte dos pacientes é pensar que ela já está transformado e que não precisa mais da igreja, ou que pode abandonar o tratamento apenas porque já se parece com os outros que não usam drogas.
          Paulo estava em uma clinica para dependentes a 4 meses quando se considerou curado e abandou  as terapias para voltar ao convívio da família e dos amigos. Quando chegou em casa se deparou com problemas e situações que o induziram a usar drogas novamente. Ele conta que tinha dificuldades para conseguir um trabalho, se sentiu menosprezado a achava que seus familiares estavam indiferentes ao seu esforço para mudar e não acreditavam nele.
          O  dependente químico é uma pessoa que está com sua auto estima fragilizada, quando pede um copo de água a um obreiro, que limpa um banco da igreja, não consegue esperar o obreiro terminar a limpeza do banco para atendê-lo sem que se sinta menosprezado.
          Toda ferida aberta deixa a região do corpo muito sensível e aumenta a intensidade da dor, assim é uma pessoa sem pele, fica sensível, traz  consigo o peso da mágoa e do desprezo vivido. Precisa de reinserção social, precisa  conquistar a reputação.

E Ele me disse: profetiza ao espirito...dize ao espirito: Assim diz o Senhor JEOVA: Vem dos quatro ventos, ó espirito, e assopra sobre esses mortos para que vivam.

          A regeneração  exige um tempo que deve ser compreendido pelo paciente. Deus pode restaurar qualquer pessoa, a despeito de quão seca ou morta possa estar. O dependente químico não pode desistir, deve sim orar pedindo a renovação de sua esperança pois Deus esta trabalhando para  restaurar sua vida.

          Ezequiel no capítulo 42, profeta tem outra visão onde Deus o faz voltar á entrada da casa e ali o profeta viu umas aguas que saíam  debaixo do umbral da casa, para o oriente...
Estas aguas simbolizam a vida que vem de Deus e as bênçãos que fluem do seu trono.
          O profeta estava indo embora sem ver tudo o que Deus tinha para realizar em sua vida. Toda pessoa que abandona o período de abstinência ou o centro de recuperação está indo embora sem poder ver o que Deus tem reservado para ele.

Versículo 3 no diz: “Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me faz passar pelas aguas, aguas que me davam nos tornozelos”
         
          O profeta deveria passar pelas aguas que davam em seus tornozelos,  a ordem de caminhar pelas aguas significa que o dependente deve tomar uma decisão de caminhar em direção ao que Deus tem reservado para ele este caminhar é um processo  contínuo. As aguas pelos tornozelos de uma pessoa representa que ela deve se aprofundar até que não ande mais por onde quer ou  por caminhos que Jesus não caminharia.

 “E mediu mais mil e me fez passar pelas aguas, aguas que davam pelos joelhos...”

Mostra que a pessoa precisa viver uma vida dedicada a comunhão com Deus, dobrar os joelhos diante de Deus é reconhece-lo como Senhor a servi-lo observando seus mandamentos.

“...e mediu mais mil e me fez passar pelas aguas, aguas que davam pelos lombos.”

O profeta deveria continuar em sal caminhada até as aguas lhe alcançarem os lombos, simbolizando a obra de Deus que devemos ser responsáveis por ela. Deus quer contar com o testemunho de ex-usuário para mostrar aos demais que Ele pode trazer salvação e esta pessoa. Aguas pelos lombos é ombrear a causa do Senhor

“E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as aguas eram profundas, aguas que deveriam passar a nado...”

Esta é a vontade de Deus, que tenhamos  total dependência da sua pessoa. O profeta só poderia passar a nado porque por ande ele estivesse havia agua. Assim deve ser com aquele que é nova criatura, onde passar e o que fizer deve ser dentro da vontade de Deus.
Muitos deixam os centro de recuperação ou  o convívio da igreja por se enganarem a si mesmo pensando que estão pronto para caminharem sós. Mas a verdade é que sempre devemos caminhar em direção ao trono de Deus de onde vinham as aguas.





















9. BIBLIOGRAFIAS
- DA ROSA, Rodrigo Silveira. O novo entendimento dado aos usuários de drogas                 ilícitas: doentes ou delinqüentes? Disponível em: WWW.jusvi.com. Acessado em: 26/07/2012.
- SCHUCKIT, Marc. Abuso de Álcool e Drogas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
- SENAMI. Guia Prático de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

- PETERS, George. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

- YORK, John. Missões na Era do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

- BARRO, Jorge. O Pastor Urbano. São Paulo: Editora Descoberta, 2000.

- COLSON, Charles e PEARCEY, Nancy. O cristão na cultura de hoje. Rio de           Janeiro: CPAD, 2006.

 - BÍBLIA, Tradução de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada, 2ª. Edição, 1996, Sociedade Bíblica do Brasil;
- http://amccb.forumeiros.com/t3-quais-as-medidas-para-recuperar-um-drogado-ou-    prevenir-o-vicio.


- HTTP://www.alcoolicosanonimos.org.br

- HTTP://www.vidasemdrogas.org