rere
Alexandre Oliveira Bilhalva
A reincidência a Drogas
Porto
Alegre
Agosto de
2012
Alexandre Oliveira Bilhalva
REINCIDÊNCIA A DROGAS
Projeto de Trabalho de Conclusão apresentado como exigência do Curso de Bacharel Livre em Teologia do
Instituto Bíblico Esperança.
Orientador (a): Pr. Walter Pereira
Porto
Alegre
Agosto de2012
SUMÀRIO
1. INDRODUÇÃO.................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS
....................................................................................................... 4
2.1
GERAL..........................................................................................................
4
2.2
ESPECÍFICOS .............................................................................................
4
3. METODOLOGIA DA PESQUISA .......................................................................
4
4.
O PERFIL DO DEPENDENTE
QUÍMICO........................................................... 5
4.1- SINAIS SUJESTIVOS DO USO DAS
DROGAS...........................................6
5.
CONSEQUANCIAS DAS DROGAS....................................................................7
6. O PAPEL DA
IGREJA..........................................................................................
8
6.1 – A IGREJA DEVE
PROPORCIONAR O CONHECIMENTO DE DEUS.......8
6.2 – A IGREJA DEVE
PROPORCIONAR O AMBIENTE DE ACOLHIMENTO E COMUNHÃO .........................................................................................8
6.3 – A IGREJA DEVE
ENVOLVER A FAMILIA DO DEPNEDENTE..................9
6.4 – A IGREJA DEVE
ENCORAJAR E ENCAMINHAR AO TRATAMENTO ESPECIALIZADO.......................................................................................9
7.
CENTRO DE RECUPERAÇÃO.........................................................................
10
7.1. A INTERAÇÃO DA IGREJA COM
O CENTRO DE RECUPERAÇÃO........12
8.
A LIBERTAÇÃO À LUZ DAS
ESCRITURAS.....................................................14
8.1 - O QUE A BIBLIA ENSINA SOBRE O ASSUNTO
.....................................16
9. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................
20
1.INTRODUÇÃO –
Para falarmos sobre o problema da reincidência as
drogas, primeiro precisamos entender o conceito de drogas.
O advogado criminalista
Rodrigo Silveira da Rosa em seu artigo cita que A
Lei nº. 11.343/2006 ao definir o que seja droga, no seu artigo 1º,
parágrafo único, traz um conceito genérico, qual seja: “consideram-se como
drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência,
Tais substâncias põem em risco o bom convívio social e, o que é
mais grave, o mal que fazem à saúde física e mental do usuário. Motivo pelo
qual o dependente a drogas sempre foi
visto como um viciado, caracterizado por uma conduta compulsiva e
marginalizada, e hoje a dependência é um problema que atinge todas as camadas da
sociedade, estando presente em ambos os sexos de adultos, jovens, adolescentes
e até crianças.
Este problema está presente também em todas as culturas e países,
motivo pelo qual a Organização Mundial da Saúde começou a enfocar o dependente
com um enfermo e a dependência a drogas com uma patologia.
Neste sentido, os objetivos principais da atual Lei 11.343/2006,
criada pelo Estado é, sem dúvida, diferenciar o traficante do mero usuário,
onde o usuário ou dependente de
drogas passa a ser tratado como um
doente, como realmente o é, e não mais como um criminoso trazendo assim,
medidas educativas, tanto de tratamento, quanto de reinserção ao convívio
social.
Notamos assim que por muito tempo o Estado tratou o dependente
químico com repreensão e agora assume que este problema também é de natureza
política, gerado pela desigualdade social, desajustes e as injustiças que
caracterizam a realidade sócio-econômica e cultural brasileira.
Com isso o Estado substitui a repreensão e castigo pela educação e
proteção e se aproxima um pouco da missão da Igreja que trabalha com a reabilitação
de uma vida e como resultado tem a mudança no comportamento.
A igreja desempenha um papel fundamental neste trabalho, pois
através da palavra de Deus anunciada, o usuário passa a crer no Senhor Jesus e
o poder do Espírito Santo o capacita a resistir as droga. A palavra de Deus o
leva a uma reabilitação social, pois a sua vida é modificada, bem
como seus hábitos, ambientes, amizades, etc., passando a amar o próximo, e
testemunhar com suas experiências aos outros que se encontram na mesma situação,
através dos trabalhos da igreja.
Cristo
age assim, em todas as esferas importantes para a recuperação de um viciado, trazendo
também soluções para os
conflitos psicológicos e ajudando o ex-usuário a conquistar a sua dignidade e
confiança com a família e com a
sociedade.
Mas já é do conhecimento de muitos, o difícil processo de
libertação do dependente químico.
È comum ouvirmos que o irmão tal, estava freqüentando os cultos da
igreja e de repente retornou ao uso das drogas ou quando, a pessoa busca ajuda,
é conduzido à uma das clínicas de recuperação, mas acaba fugindo ou, para
espanto de todos, acaba voltando ao vício, mesmo após ter concluído todo o
tratamento. Por que isso acontece?
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
O
objetivo deste projeto é mostrar e intervir no alto índice de reincidência ao
uso de drogas, queremos avaliar porque o
processo de tratamento e cura do dependente químico se torna muitas vezes
repetitivo e a sua dificuldade na
integração ao corpo de Cristo.
2.2 ESPECÍFICOS
-
Avaliar o perfil do dependente químico.
- Avaliar o
papel da igreja no tratamento do dependente químico;
-
Avaliar o papel dos centros de reabilitação no tratamento ao dependente químico
e a importância de sua interação com a
igreja.
-
Estudaremos o assunto pelas escrituras
sagradas.
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
Queremos desenvolver este trabalho através de análise e visitas ao
Centro de Recuperação, mais especificamente falando, serão acompanhadas durante
4 dias as atividades terapêuticas ao interno da Associação Comunitária Cristã
de auxilio aos carentes do RS, sito a estrada chapéu do sol,1870,
desenvolveremos este trabalho também através de leituras bibliográficas sobre o assunto
proposto e de pesquisas na internet, livros pessoais, livros orientados e o uso
da bíblia.
Analisaremos o papel da igreja do Senhor e o seu preparo para
lidar com esta classe de pessoas que necessitam de um cuidado muito especial
Analisamos diversas literaturas e
notamos que não se pode traçar um perfil
correto do usuário de drogas, pois as características pessoais e a história de
vida dos dependentes são semelhantes às de qualquer individuo e a dependência a
drogas está presente em todas as faixas etárias, sexo, escolaridade e classes
sociais.
Pesquisas
recentes revelam, por exemplo, que os jovens de classe média ou alta consomem
mais drogas do que os da periferia, provavelmente em função do seu maior poder
aquisitivo, mas estes últimos estão mais sujeitos a se tornar dependentes ou
traficantes, devido à limitação de oportunidades de trabalho e lazer. (fonte: www.adictoseanonimos)
Alguém pode se tornar um dependente químico, alegando passar por
uma situação difícil, mas que também é
vivida por outro indivíduo que não
optou pelo uso da droga. Outros
se tornaram dependentes por uma curiosidade, para aumentar a auto-estima, para
fugir do tédio ou da solidão, ou apenas em busca de prazer.
Veja o que disseram em entrevista alguns dos internos da
Associação Comunitária Crista de Auxilio aos Carentes
Claudio Reginaldo da Cruz cresceu num lar com seis irmãos e com 14
anos já contava com mais quatro irmão
paternos, porque seus pais haviam se
separado. Ainda aos 14 anos começou a ingerir bebidas alcoólicas acompanhando seu pai e aos 16 anos passou a usar drogas
injetáveis, Claudio informou que diluía remédios intravenosos como: Antargon, Reavitan, Gluconegam e outros
fortificantes que causavam efeitos alucinógenos, comprados em farmácias.
Paulo B. de Souza diz ter
usado drogas para ser aceito entre os amigos, “me disseram que era normal e que
todos meus amigos estavam usando e eu deveria usar também para ser como eles.”
Marcos se sentia deprimido com seu relacionamento e usou pela
primeira vez a maconha para se refugiar, pensando: "com esta droga eu ficarei mais calmo". Com o
passar dos anos foi buscando sensações mais fortes através de outras drogas
como a cocaína e tornou-se um viciado.
João Paulo informou que cresceu num lar
com má estruturação familiar (o
pai era viciado e batia na esposa, o irmão estava preso, e João Paulo não freqüentava
a escola porque tinha que trabalhar para ajudar no sustento da
casa), por influência de amigos, buscou nas drogas uma forma de fugir dos
problemas.
Muitos acabaram
consumindo drogas, pela influência de colegas e amigos (pressão externa do
grupo para consumir drogas), ou também, como uma tentativa de amenizar sentimentos de solidão,
de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança. Mas de qualquer forma
o uso de droga causou
dependência e os entrevistados passaram a viver em função da droga e a fazer
qualquer coisa para consegui-la.
4.1 –
SINAIS SUGESTIVOS DO USUÁRIO DE DROGAS
Mas, mesmo não sendo possível traçar um perfil correto do
usuário, podemos estar atentos ao comportamento de uma pessoa no estágio
inicial, onde a pessoa é considerada apenas como usuário e não dependente.
Segundo especialistas em dependência química, alguns sinais são
sugestivos para que se perceba se uma pessoa pode estar usando drogas. São
estes: mudanças bruscas do comportamento sem uma causa aparente, afastamento do
convívio familiar, descuido com a higiene e aparência, apologia ao uso de drogas,
faltas às aulas e ao trabalho, acidentes e traumas.
- Olhos vermelhos - o álcool, a maconha, a cocaína, a cola e o éter provocam vermelhidão nos olhos.
- Dedos amarelos - provocado pelo cigarro de maconha que o jovem fuma até o final.
- Irritação e agressividade - qualquer observação dos pais desencadeia nele uma crise de agressividade.
- Afastamento - não convive mais com os familiares, entra em casa e vai direto para o quarto.
- Amigos esquisitos - deixa de andar com os velhos amigos e arruma amigos que usam drogas, bebem e se vestem de forma extravagante.
- Venda de objetos estimados - vende o tênis preferido, o casaco, o skate, o som, etc., tudo para poder pagar a droga.
- Mudanças de horário - chega cada vez mais tarde e acorda tarde também.
- Desmotivação - quer dormir durante o dia, começa a faltar nas aulas, para os cursos paralelos e de praticar esportes, se desinteressa por tudo.
- Furto de pequenos objetos - jóias da mãe, dinheiro, aparelhos domésticos, etc.
- Problemas com a polícia - podem ocorrer prisões, detenções e processos. (fonte:www.vidasemdrogas.org)
Estes sinais devem ser observados, pois na possibilidade de uma
pessoa estar usando drogas, podem ser tomadas algumas ações antecipadas
impedindo que o usuário se torne um dependente.
Segundo especialista o dialogo,
uma conversa franca, sem humilhação e com espaço para que a pessoa se expresse
pode ter resultados além do esperado. Faça-a
perceber os riscos que corre e decidir mudar de comportamento.
A
motivação para atividades interessantes, criativas, divertidas ou desafiadoras,
o estímulo ao convívio com grupos de pessoas envolvidas em projetos esportivos,
culturais, intelectuais, sociais ou recreativos, a oportunidade de se integrar
em grupos de sua faixa etária que não sejam usuários de drogas, podem ser
alternativas para que ele venha a descobrir novas formas de encontrar prazer.
Existem
situações (quando o consumo de drogas é abusivo) em que é necessário buscar
ajuda de especialistas, sejam eles educadores, terapeutas ou médicos.
5.
CONSEQUENCIAS DO USO DAS DROGAS
O
uso de drogas pode causar dependência química e desordens psicológicas, risco de overdose, o aumento ou diminuição da
pressão arterial, danos à diversos órgãos do corpo (como os pulmões, cérebro,
fígado e rins) e aumento do risco de câncer (especialmente no uso de tabaco,
álcool e maconha)
A vida de um viciado muda radicalmente e os efeitos das drogas
trazem prejuízos em sua saúde física, emocional, social e espiritual.
Alguns dependentes não conseguem ver o sentido da vida por ter
algumas funções importantes do cérebro afetadas por uso contínuo de substâncias
como o crack. Os psiquiatras são unânimes em afirmar que estas substâncias
podem atrofiar regiões do cérebro que
permitem ao ser humano ser civilizado.
Vejamos as principais alterações que estão sujeitas os dependentes
químicos:
·
ALTERAÇÃO
BIOLÓGICA: Todas as drogas
causam danos à saúde física, sendo que vários órgãos podem ser seriamente
comprometidos, causando várias doenças cardíacas, respiratórias, do aparelho
digestivo, do aparelho sexual, e podem até levar a morte.
·
ALTERAÇÃO
PSICOLÓGICA: (afetivo,
emocional) - As drogas podem causar várias alterações no campo psicológico dos
dependentes, tais como: diminuição da atenção, concentração e memória, perda da
noção do tempo e espaço, alterações bruscas de humor, perda da auto-estima,
tornando-se uma pessoa passiva, insegura e introvertida, podendo causar
depressão ou outros sintomas mentais mais graves.
·
ALTERAÇÃO
SOCIAL: As drogas prejudicam o
desempenho social, profissional e afetivo, trazendo conseqüências como
repetência escolar, afastamento da família, brigas com o namorado, rejeitar e
ser rejeitado pelos amigos que não usam drogas. Para os adultos, perda de
emprego, dinheiro, da família e dos amigos (rompimento dos vínculos
sociais).
Fonte(s) www.ctprojetovidanova.com.br6. O PAPEL DA IGREJA NO TRATAMENTO AO USUÁRIO
A igreja através da pregação do evangelho deve levar o(a) dependente
químico a reconhecer os prejuízos que as drogas têm criado em sua vida. A obra
do Espírito Santo o convence para que ele mesmo solicite ajuda, pois sozinho, é
praticamente impossível deixar as drogas, com isso o dependente passa por um
processo de conscientização, sendo motivado a mudar de vida, quando confrontado com a sua deplorável situação.
O usuário precisa ser levado a um encontro com Jesus, pois todo
tratamento iniciado sem a pessoa do Espírito Santo está enfadado ao fracasso, pois
é Ele quem convence o homem do seu pecado, (Jo 16.7-14). Jesus é o único que
lhe dará uma maior sensação de prazer que a droga proporciona. Um usuário de
drogas deve ser tratado com objetivos pela igreja.
6.1 - A igreja deve proporcionar o conhecimento de Deus
Este conhecimento que leva o usuário a ser liberto do vício e
transformado em uma nova criatura. Importante que o usuário não passe apenas
por um período de abstinência, mas tenha um encontro pessoal, firme e
verdadeiro com Cristo.
A
pessoa quando crê em Jesus e O aceita como Salvador, tomando a séria decisão de
obedecê-Lo, uma mudança inexplicável
começa a acontecer em sua vida e o desejo do vício vai desaparecendo à medida
que a fé em Jesus vai aparecendo, e tudo se torna novo, diferente.
A maneira de pensar, de agir toma outro rumo.
Surge,
então, uma “nova pessoa” com um desejo ardente de praticar o bem; começa
brotar no coração uma alegria singular que ocupa o lugar da tristeza, surge um
conforto espiritual, uma paz que inunda todo o ser, um sentimento de amor vai
se apossando e vai crescendo, dia após dia, tornando a pessoa mais cordial,
mais compreensiva, mais sensata, perdoadora e com uma imensa vontade de viver
para louvar e glorificar a Jesus (Romanos 6.10-13).
Esses são os sinais da conversão, da
transformação, do novo nascimento. Quando, de fato, a pessoa é transformada
pelo poder do evangelho, é liberta do poder das trevas, do poder do pecado, e
passa a ter um novo pensar e agir. “E
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8.32).
6.2 – A igreja deve proporcionar o ambiente de acolhimento e
comunhão
A dependência causa um sofrimento tanto de fator social, familiar
como psicológico e muitos por não conseguir lidar com este sofrimento se
envolvem cada vez mais chegando a overdose ou até mesmo ao suicídio. É na
igreja que o usuário encontra um
ambiente de perdão e aceitação, pois existe uma expectativa em que ele venha a pertencer a
família de Deus, isso o faz sentir-se valorizado, criando nele esperança,
fazendo-o buscar mudanças em seu caráter.
Acolher significa tomar para si mesmo, estas pessoas devem
ser tomadas pela mão e acolhidas para que não permaneçam sozinhas em sua
caminhada.
Devemos acolher em amor TODOS OS QUE
CHEGAM Independentemente de onde vem e como vem e pequenos gestos como apertar
a mão, abraçar, dar boas vindas, sorrir, indicar um assento, pegar uma cadeira,
dar uma informação, são gestos de boa acolhida.
6.3 – A igreja deve buscar envolver a família do dependente
Na igreja temos os primeiros passos de uma restauração de
relacionamentos e por isso, o
envolvimento da familiar se torna fundamental na reconciliação do
indivíduo consigo mesmo, com a sociedade
e com a família que deve ser levada a adotar uma nova postura frente ao
dependente químico, e implementar estratégias que permitam fortalecer sua
decisão de libertar-se da dependência química.
Foi o apoio familiar, que contribuiu para a recuperação de Maiara. Por 12
anos, ela viveu dependente de crack. Somente com o apoio da família é que
conseguiu buscar a sua recuperação. “minha mãe procurou a Igreja e fui
encaminhada para a clínica de reabilitação em três Coroas , durante o
período de sua recuperação recebia o apoio de familiares que mantinham
freqüência nas reuniões e contatos.
6.4 – A igreja deve encaminhar e encorajar o tratamento
especializado
A dependência é uma doença crônica e pode necessitar de
tratamentos múltiplos, em casos específicos como risco de suicídio,
agressividade e psicose o dependente precisa de ajuda especializada ou
internação.
A igreja cumpre eficazmente seu papel como motivadora e
reconciliadora, mas durante o processo de desintoxicação a abstinência total é
a opção mais segura para o resultado esperado e dependendo
do envolvimento da pessoa com as drogas se faz necessário encaminhá-lo a um
centro de reabilitação. O dependente, muitas vezes, precisa ser retirado do
meio em que vive para poder vencer o período da abstinência e a igreja não
consegue acompanhá-lo e prestar um
suporte necessário á recuperação desta pessoa.
Carlos Moisés freqüentou os cultos da igreja evangélica Assembléia de
Deus com a esperança de se recuperar da dependência da cocaína e crack e
reconquistar sua família. Neste período, conta ele,”estava alucinado pelas
drogas, cheguei a morar na rua”. Moisés não conseguia se livrar das drogas uma
vez que as mesmas lhe eram oferecida á caminho de sua residência.
A igreja o encaminhou para o Centro de Reabilitação “Chapéu do Sol” onde
permaneceu por um período de 9 meses sem a influência externa de pessoas lhe
oferecendo drogas. Após a sua recuperação o mesmo retornou liberto e
transformado pelo poder da palavra de
Deus e foi admitido ao convívio familiar e eclesiástico.
7.
O PAPEL DO CENTRO DE RECUPERAÇÃO
Recuperar
uma pessoa das drogas não é uma tarefa fácil. Ao menor fraquejar, já está a pessoa
se drogando novamente com cocaína, álcool ou com alguma das inúmeras outras
drogas que existem.
Reduzir o consumo de drogas e álcool é uma tarefa infrutífera.
Cada episódio de consumo de droga aumenta o desejo por mais e assim o processo
de recuperação acaba sempre adiado. Por isso a abstinência total do consumo de
todas as drogas ao mesmo tempo incluindo álcool, maconha,
etc. é a opção mais segura para a doença não retornar.
Uma clínica de
recuperação de drogados pode ajudar muito no processo de recuperação porque
oferece métodos terapêuticos que são essenciais para que o tratamento tenha
sucesso, além de um ambiente isolado proporcionando a abstinência necessária.
A maior motivação, do
centro de recuperação, para a intervenção do paciente, no entanto, não é na
recuperação do uso de drogas em si, mas na transformação total deste indivíduo
segundo os ensinamentos da palavra de Deus.
Vejamos alguns dos
benefícios das clínicas de recuperação:
·
Na clinica de
recuperação o usuário está afastado de influências externas que poderiam lhe
oferecer a droga. Normalmente o usuário é uma pessoa impotente face ás drogas
e o isolamento é um método
importante para que o indivíduo tenha
maior capacidade de resistir a tais “fissuras”,
recorrendo ao consumo.
·
Na
clinica de recuperação o dependente ingressa no tratamento definitivamente.
Algumas pessoas experimentam apenas
períodos de abstinência ou ficam
adiando sua decisão diante da
dificuldade de se manter sem o uso das drogas.
·
O
ingresso na clínica de recuperação é uma forma de conquistar a confiança da família que está desacreditada diante de
tantas tentativas por parte do usuário.
·
Na
clinica de recuperação em geral o paciente convive com um grupo, onde ele
encontrará apoio psicológico de outras pessoas que passaram pelo vício. É a
força da coletividade agindo sobre o indivíduo necessitado. Não há
psicoterapias nem internações que garantam uma proteção tão grande e tão
empenhada quanto a que esses grupos oferecem.
·
A
clínica de recuperação promove palestras dentro da área de dependência química.
·
A
clínica de recuperação promove atividades interdisciplinares para arrecadação
de fundos e outras atividade profissionais
que intensifica o relacionamento entre internos e descobre aptidões.
Estas terapias ocupacionais evitam a reincidência.
·
A
clínica de recuperação promove a disciplina do interno através do cumprimento
de horários de descanso, atividades e espiritualidade. É importante entender
que a Espiritualidade, o Trabalho e a Disciplina são partes importantes para
superação e recuperação do dependente.
·
A
clínica de recuperação promove horários determinados para relacionamento do
interno com a família através de visitas, em alguns casos o usuário se encontra
completamente isolado da família e é na clinica que estes laços são retomados.
·
A Clinica de
recuperação oferece atendimento psicológico, médico e odontológico e algumas
apenas encaminham os internos aos
atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Depois
que eu entrei pro Centro de Recuperação eu descobri que eu tenho bastante
talento, talento que eu nem imaginava ter. Aprendi a tocar violão na clínica e depois eu fui
pra outra igreja pra poder ajudar, porque eles tavam precisando de mim. Hoje eu
ensino a tocar violão, contrabaixo e guitarra. (Gustavo O.)
7.1- A IMPORTANCIA DA INTERAÇÃO DA IGREJA COM O
CENTRO DE RECUPERAÇÃO
O
processo de reabilitação é um trabalho muito difícil e árduo, a dependência a
drogas é uma doença complexa que vão além da dimensão espiritual, pois envolve
fatores biológicos, psicológicos e sociais. Segundo especialistas do assunto o
tratamento percorre as seguintes etapas:
Motivação – Ajudar
o dependente químico a reconhecer os prejuízos que as drogas têm criado em sua
vida.
Desintoxicação – Fase da abstinência, onde muitas vezes necessitam de
uma equipe de profissionais especializados em dependência química.
Como
já vimos, a dependência química é uma doença complexa que envolve fatores
biológico, psíquico e social, o que explica a força terrível da crise de
abstinência, que leva à recaída, segundo Luciana Yukiko Ambrósio, da Unidade de
Atendimento Psicossocial da Clínica Viva “ a pessoa tem sintomas físicos, dor
de cabeça, febre, dores no corpo, mal-estar acompanhados da sensação de que a fissura
nunca vai passar e que vai morrer.
Reabilitação – A pessoa deve ser ajudada a reajustar-se a um estilo de vida livre das drogas, deve-se
manter altos níveis de motivação para continuar a abstinência e esforços
continuados para evitar o retorno ao uso das drogas.
O
trabalho da igreja neste grupo é muito expressivo, mas ainda podemos apresentar
algumas dificuldades para se obter um resultado satisfatório, sendo:
Muitas igrejas não têm condições de
dar às pessoas o que seria necessário para reestruturar suas vidas porque são
pequenas e não têm suporte financeiro para
tanto.
A falta de conhecimento técnico que lhes
instrumentem melhor para enfrentar essa situação.
A igreja não consegue cumprir na sua
totalidade a tarefa de acompanhar o dependente no período da
desintoxicação, a pessoa precisa estar
afastada de todo o estímulo que o leve a recaída, porque depois da pessoa estar dependente do vicio é
impossível controlar a compulsão pelas
drogas.
Por outro lado, essas dificuldades são
minimizadas quando a igreja trabalha de maneira articulada com os centros de
recuperação. Por isto, uma das formas da igreja ajudar um dependente é encaminhá-lo à clínica de recuperação.
.
Mas o que ocorre quando uma pessoa não quer ser tratada num centro
de recuperação ou quando ela sai do centro de recuperação e procura uma igreja para congregar?
Tanto a igreja quanto o
centro de recuperação tem seus papeis distintos neste processo e muitas vezes a
troca de um ambiente pelo outro causa algumas insatisfações.
O interno do centro de recuperação estava
acostumado a cultos todos os dias da semana, incluindo vigias de orações,
jejuns e cultos extensos com grande participação de leigos e focados para
libertação. Na igreja, embora tudo isto
faça parte da sua liturgia, a mesma não trabalha como o ritmo dos centros de
recuperação por ser uma realidade
diferente e eles precisam ser levados a se adaptar a esta realidade.
A igreja ainda precisa oferecer
melhor estrutura tanto para receber a classe dos dependentes, como também uma
estrutura para tratar aqueles que não foram enviados às clínicas.
Deveríamos ter um departamento da igreja, assim como temos de missões,
família, jovens, etc. onde teriam um culto específico com palestras e ensinos,
obreiros preparados para o assunto, e preferencialmente obreiros profissionais
na área de saúde para acompanhar o dependente.
Cada ex-usuário deveria ser apadrinhado e
poder contar com os tais para ser reintegrados a sociedade.
Rodrigo Souza obreiro da igreja a 6
anos após se libertar das drogas afirma que sempre que se encontra em uma
situação difícil da sua vida a primeira mensagem que vem em sua mente é usar
drogas, como ele não é mais escravo deste vicio consegue sem muito esforços
evita-la, mas ele afirma que esta mensagem esta sempre presente, devido ao
estrago que a cocaína fez a sua saúde mental.
A igreja deve acompanhar estas pessoas durante
longos períodos e principalmente depois de saírem dos centros de recuperação.
A conversão vivida por essas pessoas
constitui uma tentativa de reestruturação de suas vidas que perderam em
decorrência de seu uso indevido de drogas. A igreja é “abraçada” por estes como
um esforço para dar sentido àquilo que estava destituído.
Então a igreja passa a ter a
responsabilidade por recuperar ou manter esta pessoa na comunhão. A luta contra
as drogas passa a ser uma luta de toda a igreja.
8. A LIBERTAÇÃO A LUZ DAS ESCRITURAS
Tonina Miraglia, psicóloga e consultora do COMAD,
Conselho Municipal Anti-Drogas de Piratininga- SP e Milton Lucas, advogado,
pastor e presidente do COMAD publicaram em uma de suas palestras sobre o uso de
drogas uma mensagem contendo alguns princípios para o dependente:
1.
Princípio 1: ENCARE A REALIDADE
a. Reconhecer o problema e a incapacidade
de vencer sozinho
b. Tiago 4.6 “Deus se opõe aos
orgulhosos, mas concede graça aos humildes”
2.
Princípio 2: CREIA E NÃO PERCA A ESPERANÇA
a. Crer que Deus existe, se importa e tem
poder
b. Hebreus 11.6 “Ora, sem fé é
impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”
3.
Princípio 3: ASSUMA UM COMPROMISSO
a. Confiar a vida ao controle de Cristo
b. Atos 16.31 "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos,
você e os de sua casa"
4. Princípio 4: FAÇA UMA LIMPEZA GERAL
a. Confessar as falhas a Deus e a alguém de confiança
b. Provérbios 28.13 “Quem esconde os
seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra
misericórdia”
5.
Princípio 5: BUSQUE A TRANSFORMAÇÃO
a. Buscar mudanças no caráter
b. Romanos 12.1-2 “Rogo-vos, pois,
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede
conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”
6.
Princípio 6: PERDOE e RESTITUA
a. Restaurar relacionamentos e restituir
prejuízos
b. Efésios 4.31-32 “Toda a amargura, e
ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre
vós. Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos
uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”
7. Princípio 7:
EMPENHE-SE NA MANUTENÇÃO
a. Buscar
continuamente a Deus para permanecer firme
b. Filipenses 3.12-14 “Não que eu já
tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para
alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso
que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas
que ficaram para trás e alcançando para as que estão adiante, prossigo para o
alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus ”
8.1 - O que a Bíblia ensina sobre
o assunto
Escolhemos uma passagem bíblica para entendermos como Deus
atua na vida de uma pessoa para convertê-lo aos valores do Evangelho
A passagem do livro de Ezequiel, no capítulo 37 , através de uma visão
do vale de ossos secos, Deus nos dá um exemplo de como Ele restaura a vida de
uma pessoa.
Deus
leva o profeta em espírito a um vale de ossos secos “e me fez caminhar ao redor deles;” diz o profeta, “e eram mui numerosos...”. Isto nos mostra que você
não é o único nesta situação, Deus provê um escape tanto para você quanto a
todos que estiverem passando por esta situação. O socorro vem pela vontade e
pelo amor incondicional de Deus.
Então,
me perguntou: Filho do
homem, poderão viver esses ossos?
Deus está, através de uma alegoria ou
parábola se referindo a realização de uma obra de restauração na vida de uma pessoa
que se encontra destruída, e aparentemente morta, sem poder fazer ou receber
alguma coisa.
O seu envolvimento com as drogas
talvez tenha levado todos os seus amigos, parentes e até a família a ficar
desacreditados em uma mudança em sua vida, mas Deus estava falando de algo que
Ele pessoalmente realizaria por alguém e sem a ajuda de ninguém, pois o milagre
de regeneração somente Ele é capaz de realizar.
Com o profeta não foi diferente ao ver
a situação daquelas pessoas, ele tinha certeza que nada poderia ser feito, mas
também conhecia o Deus em que servira, e responde:
“...Senhor
Jeová tu o sabes.”
Você deve entender que Deus lhe ama mesmo na situação de osso seco, O
amor de Deus é incondicional. Você pode não ter nada para lhe oferecer, pode
ter feito muitas coisas erradas e estar aprisionado e sozinho, mas Deus lhe ama
pelo valor que lhe deu e pelo que Ele pode realizar em sua vida.
Disse
Ele: profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do
Senhor.
Deus da uma ordem ao profeta que
profetize sobre os ossos, que nesta visão pode ser feita uma alegoria as
pessoas que estão morrendo no cativeiro de pecados e vícios, o profeta deveria
pregar a palavra, pois é por ela que
somos libertos. A palavra de Deus é como sabão para limpar-nos de toda sujeira e somente o conhecimento da
verdade pode nos libertar de toda algema que nos aprisiona.
Notamos que neste texto por diversas
vezes o profeta é ordenado a profetizar, porque a libertação de um drogado nem
sempre é uma obra instantânea e sim uma ação continuada.
Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito
em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós,
sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que
eu sou o Senhor.
Então
profetizei como se me deu ordem... O profeta anunciou a palavra obedecendo a ordem de
Deus, e notamos que diversas vezes ele recebe esta ordem. Uma pessoa na
dependência das drogas precisa ser acompanhada durante o processo de
libertação, precisa se manter motivada para que não venha desistir no caminho,
precisamos fazer como o profeta que não parava de anunciar e estava acompanhando aqueles ossos até que a
obra de Deus fosse completa. A família é muito atingida pelas atitudes de um
viciado o que leva muitos a desistirem ou cansarem no caminho, mas devemos
estar firmes e fazermos todo esforço para que o dependente permaneça motivado diante
do Senhor jesus.
...e
houve um ruído enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os
ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.
Notamos que a primeira obra que Deus faz é colocar tudo no seu
lugar, muitos são os que entram pelo caminho das drogas por falta de estrutura
seja ela familiar, sentimental ou psicológica. Deus coloca cada osso ao seu
osso, refaz tudo o que o diabo tinha destruído, seja pelas influências,
escolhas erradas ou até mesmo por ser vítima de um sistema de vida ingrato. Os
ossos estavam desconjuntados, secos e misturados, humanamente falando não havia
qualquer esperança ou alguém que pudesse fazer algo, mas vemos que esta obra
parte da vontade de Deus, dando a capacidade de se manter em pé.
Outra verdade que aprendemos nesta
passagem bíblica é que Deus deseja que o homem aprenda estar de modo ordenado.
Uma das reclamações dos pacientes das clínicas de recuperação é que não gostam
de submeter-se aos regulamentos, tais como;
hora para acordar ou dormir, hora para refeições, etc...e muitas vezes
abandonam o tratamento por não entender que não se é possível conquistar sem as vezes
abrir mão das liberdades que tinham quando estavam na rua ou em suas casas.
“E olhei, e eis que
vieram nervos sobre eles,...”
Nervos fazem parte do sistema nervoso,
são eles que conduzem sinais sensoriais e estimulatórios para o cérebro.
Os sinais sensoriais ou sentidos
(paladar, olfato, toque, audição e visão) são os meios dos quais os seres vivos percebem e
reconhecem outros organismos. As drogas afetam diretamente a capacidade de uma
pessoa reconhecer o que lhe é passado, podemos disser assim. O dependente parece surdo diante dos conselhos recebidos,
parece cego diante da sua situação, é tocado com amor e não sente, não consegue
enxergar que tudo o que a família deseja é o seu bem. São capazes de roubar,
enganar ou até mesmo deixar o sustento dos próprios filhos e conjugues por
causa das drogas, seus sentidos da realidade estão comprometidos.
Os sinais estimulatórios provocam uma resposta fisiológica ou compor-tamental
num organismo. Deus dá ao dependente, condições de responder ao toque do seu
Espirito, de tomar uma atitude, uma posição diante da situação que se encontra.
“...e cresceu a
carne,...”
A carne é a força do corpo humano, são
os tecidos musculares formados por proteínas, agua e gordura (reserva de
energia).
Aqueles
ossos foram colocados em pé, estavam todos os ossos estruturados, para que
pudessem entender que Deus queria iniciar uma grande obra de recriação em suas
vidas;
Foi-lhes
dado então, nervos para que tivessem a capacidade de reagir diante da
vontade de Deus;
Deus
reveste de carne aquilo que agora era apenas esqueleto e nervos para que possam
caminhar, fazer escolhas para o bem e se identificarem com outros seres
humanos.
“...e estendeu-se a pele sobre eles por cima...”
O
maior índice de abandono das clinicas de recuperação por parte dos pacientes é
pensar que ela já está transformado e que não precisa mais da igreja, ou que pode
abandonar o tratamento apenas porque já se parece com os outros que não usam
drogas.
Paulo estava em uma clinica para
dependentes a 4 meses quando se considerou curado e abandou as terapias para voltar ao convívio da família
e dos amigos. Quando chegou em casa se deparou com problemas e situações que o
induziram a usar drogas novamente. Ele conta que tinha dificuldades para
conseguir um trabalho, se sentiu menosprezado a achava que seus familiares
estavam indiferentes ao seu esforço para mudar e não acreditavam nele.
O
dependente químico é uma pessoa que está com sua auto estima fragilizada,
quando pede um copo de água a um obreiro, que limpa um banco da igreja, não
consegue esperar o obreiro terminar a limpeza do banco para atendê-lo sem que
se sinta menosprezado.
Toda ferida aberta deixa a região do
corpo muito sensível e aumenta a intensidade da dor, assim é uma pessoa sem
pele, fica sensível, traz consigo o peso
da mágoa e do desprezo vivido. Precisa de
reinserção social, precisa conquistar a
reputação.
E Ele me disse:
profetiza ao espirito...dize ao espirito: Assim diz o Senhor JEOVA: Vem dos
quatro ventos, ó espirito, e assopra sobre esses mortos para que vivam.
A regeneração exige um tempo que deve ser compreendido pelo
paciente. Deus pode restaurar qualquer pessoa, a despeito de quão seca ou morta
possa estar. O dependente químico não pode desistir, deve sim orar pedindo a
renovação de sua esperança pois Deus esta trabalhando para restaurar sua vida.
Ezequiel no capítulo 42, profeta tem
outra visão onde Deus o faz voltar á entrada da casa e ali o profeta viu umas
aguas que saíam debaixo do umbral da
casa, para o oriente...
Estas aguas
simbolizam a vida que vem de Deus e as bênçãos que fluem do seu trono.
O profeta estava indo embora sem ver
tudo o que Deus tinha para realizar em sua vida. Toda pessoa que abandona o
período de abstinência ou o centro de recuperação está indo embora sem poder
ver o que Deus tem reservado para ele.
Versículo 3 no
diz: “Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de
medir; e mediu mil côvados e me faz passar pelas aguas, aguas que me davam nos
tornozelos”
O profeta deveria passar pelas aguas
que davam em seus tornozelos, a ordem de
caminhar pelas aguas significa que o dependente deve tomar uma decisão de
caminhar em direção ao que Deus tem reservado para ele este caminhar é um
processo contínuo. As aguas pelos
tornozelos de uma pessoa representa que ela deve se aprofundar até que não ande
mais por onde quer ou por caminhos que
Jesus não caminharia.
“E mediu mais mil e me fez passar pelas aguas, aguas que davam pelos
joelhos...”
Mostra que a
pessoa precisa viver uma vida dedicada a comunhão com Deus, dobrar os joelhos
diante de Deus é reconhece-lo como Senhor a servi-lo observando seus
mandamentos.
“...e mediu mais mil e
me fez passar pelas aguas, aguas que davam pelos lombos.”
O profeta
deveria continuar em sal caminhada até as aguas lhe alcançarem os lombos,
simbolizando a obra de Deus que devemos ser responsáveis por ela. Deus quer
contar com o testemunho de ex-usuário para mostrar aos demais que Ele pode
trazer salvação e esta pessoa. Aguas pelos lombos é ombrear a causa do Senhor
“E mediu mais mil e era
um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as aguas eram profundas, aguas
que deveriam passar a nado...”
Esta é a
vontade de Deus, que tenhamos total
dependência da sua pessoa. O profeta só poderia passar a nado porque por ande
ele estivesse havia agua. Assim deve ser com aquele que é nova criatura, onde
passar e o que fizer deve ser dentro da vontade de Deus.
Muitos deixam
os centro de recuperação ou o convívio
da igreja por se enganarem a si mesmo pensando que estão pronto para caminharem
sós. Mas a verdade é que sempre devemos caminhar em direção ao trono de Deus de
onde vinham as aguas.
9. BIBLIOGRAFIAS
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ROSA, Rodrigo Silveira. O novo entendimento dado aos usuários de drogas ilícitas: doentes ou
delinqüentes? Disponível em: WWW.jusvi.com.
Acessado em: 26/07/2012.
- SCHUCKIT, Marc. Abuso de
Álcool e Drogas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.- SENAMI. Guia Prático de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
- PETERS, George. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
- YORK, John. Missões na Era do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
- BARRO, Jorge. O Pastor Urbano. São Paulo: Editora Descoberta, 2000.
- COLSON, Charles e PEARCEY, Nancy. O cristão na cultura de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
- BÍBLIA, Tradução de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada, 2ª. Edição, 1996, Sociedade Bíblica do Brasil;
- http://amccb.forumeiros.com/t3-quais-as-medidas-para-recuperar-um-drogado-ou- prevenir-o-vicio.
- HTTP://www.alcoolicosanonimos.org.br
- HTTP://www.vidasemdrogas.org
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