quarta-feira, 16 de abril de 2014

A transição do período Antigo ao Medieval

A transição do período Antigo ao Medieval

Resumo:
            Bengt Hagglund comenta a transição do período antigo ao medieval, também chamada de era Medieval, que é caracterizado pela queda do Império Romano, em 476 quando os germanos ascenderam ao domínio e os líderes da igreja davam cada vez menos atenção às questões teológicas.
            Alguns acontecimentos que foram destacados por Hagglund :

 1) Boécio, filosofo cristão e funcionário do Imperador Teodorico  traduziu algumas obras de Aristóteles que foram utilizadas na educação universitária medieval,
 2) Dionísio, o Areopagita, expõe  através de escritos a cosmovisão e a religião neo-platônica,
 3) Cassiodoro, colecionador e enciclopedista
 4) Isidoro de Servilha reuniu o conhecimento científico e teológico daquela época, foi ele que tornou acessível o saber teológico às gerações seguintes.

Em Roma, o ex-prefeito Gregório assumiu o papado em 590 e na história do dogma, o pontífice de Gregório é considerado o divisor entre a idade antiga e a idade média.

Ele aceitava a doutrina da graça de Agostinho,  que a finalidade da graça era produzir boas obras que pudessem ser recompensadas. A ideia de mérito e recompensa é pressuposto  fundamental aí, bem como na teologia  medieval em geral. A graça preparatória transforma a vontade. Na realização daquilo que é bom, a graça coopera com o livre arbítrio.

               Segundo essa teologia, Cristo era o exemplo de entrega, abnegação e sacrifício necessários a todo ser humano e a ceia simbolizava o novo sacrifício.

               Entre seus escritos destaca-se o comentário ao livro de Jó. Nesta obra, lançou ideias norteadoras para a ética medieval, especialmente, sobre o asceticismo. Além disso, concedeu destaque aos milagres realizados por santos homens e que influenciaram toda a Idade Medieval. Ele foi capaz de combinar tradição teológica e piedade popular. Como um dos rituais mais importantes da igreja e elemento que trazia populares até a igreja, a ceia obteve lugar de destaque nas reflexões da época. A questão principal se relacionava ao seu sentido, se a presença de Cristo neste ato deveria ser interpretada de modo real ou simbolicamente.

            O período de tempo entre Gregório, o grande e o inicio da época de escolástica não se notabilizou por desenvolvimentos no campo da teologia. Nesta época surgiram um bom numero de teólogos que não tomaram a forma de nova orientação no pensamento teológico; em lugar disso, eles colecionaram e reproduziram a tradição mais antiga.

            A teologia deste período formou a base pra os desenvolvimentos posteriores através da preservação da herança da era patrística e da antiguidade. Discussões dogmáticas surgiram em certos pontos, algumas como :
Controvérsia adopcionista;
Controvérsia sobre Filioque e a Controvérsia iconoclasta;
Controvérsia Predestinação

Comentário:
A História Medieval representa uma quebra nos padrões existentes em seu período anterior, a História Antiga, as pessoas passaram a viver um período diferente da história da humanidade. Por isso, foi  importante  resgatar ou lançar  os fundamentos para a teologia e para a cultura medieval em geral.
             No período antigo a Igreja Católica aumentava significativamente seu poder e  capacidade de influência sobre a população. É neste período da história que a instituição tem mais poder e por isso condiciona o cotidiano de todas as relações. A soberania da Igreja interfere em todas as áreas da sociedade: Artes, na Arquitetura, na Política, na Cultura, na Filosofia, nas guerras, além, claro, das questões religiosas e para manter- se como poder central a igreja se distanciou dos fieis e por trás de tudo isto , se movimentava a insatisfação que alguns religiosos mantinham com relação ao envolvimento da igreja com o poder político e financeiro.
            O descontentamento aliado às motivações pessoais , contribuiu para que no século XVI houvesse um racha na igreja cristã, até então católica. A partir de então, com a Reforma Protestante, a teologia cristã dividiu-se também em duas: a teologia católica e a teologia protestante que posteriormente serviu como base ao chamado mundo evangélico.

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