sexta-feira, 15 de maio de 2015

História da Teologia Cristã

No período do Cristianismo primitivo  o Império Romano estava infectado por religiões pagãs conhecidas como religiões de mistério, onde os cultos
de iniciação eram cheios de mitos, elaborados sobre deuses que morriam e renasciam e caminhos para a imortalidade mediante cerimônias secretas de iniciação que envolviam coisas do tipo batismo com sangue de um touro abatido.
            As religiões desta época tinham liberdade de culto desde que oferecessem incenso nos altares devotados ao culto ao imperador romano, pois  Roma não se opunha a acrescentar um ídolo ao grupo do Panteão, desde que a divindade se subordinasse às pretensões de primazia feitas pela religião do Estado.
            Havia filosofias sobrenaturais de vários mágicos como Apolônio de Tiana e Pitágoras, cujos seguidores se reuniam secretamente  para por em prática seus poderes paranormais e estudar os significados esotéricos dos números e corpos celestes.
            Quando a igreja se distinguiu do judaísmo foi classificada como seita, uma sociedade secreta, pois empregava o termo Senhor para se referir a Jesus e recebeu a interdição do estado romano que não admitia rival à obediência por parte de seus súbitos, tornando-se uma igreja ilegal por ser considerada uma ameaça a segurança do estado romano.
            A religião Cristã, era rápida em crescimento, exigia lealdade à Cristo. César era colocado em segundo plano e os cristãos se recusavam a oferecer incenso nos altares devotados ao culto ao imperador romano, realizavam suas reuniões à noite e em segredo. Para a autoridade romana, tudo isso era uma clara preparação para uma conspiração a segurança do estado e devido a isso, desencadeou-se uma terrível perseguição à igreja.
            O Cristianismo Primitivo prevaleceu ao paganismo porque oferecia uma doutrina atraente e porque os lideres da igreja se dirigiam as necessidades humanas melhor do que seus rivais. O Cristianismo  exercia grande atrativo sobre as classes pobres e escravas, pois os cristãos defendiam a igualdade entre todos homens, enquanto que o paganismo insistia na estrutura aristocrática da sociedade em que uns poucos privilegiados eram servidos pelos pobres e pelos escravos.
            Em realidade, Jesus Cristo trouxe uma mensagem simples, que pregava o Amor como base da espiritualidade, arrependimento e Comunhão com Deus por meio de oração e uma disposição em promover a paz, mesmo diante da perseguição sofrida pelo império romano.
            A igreja se tornou a religião oficial do Império Romano e começou a sofrer transformações importantes como a formalização da estrutura organizacional hierárquica centralizada em bispos, que foi de suma importância para evitar que pessoas corrompessem os ensinos da igreja pela persuasão e carisma.
            Outras transformações importantes  foram a formalização dos credos que resumem os princípios de que se deve crer para ser cristão e a identificação de um cânon de escrituras cristã.

            Tudo isso, devido a necessidade de governar sem os apóstolos, que já haviam morridos  e devido ao surgimento de heresias e seitas cismáticas dentro do cristianismo.

Alexandre Oliveira Bilhalva

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