No
período do Cristianismo primitivo o Império Romano estava infectado por
religiões pagãs conhecidas como religiões de mistério, onde os cultos
de
iniciação eram cheios de mitos, elaborados sobre deuses que morriam e renasciam
e caminhos para a imortalidade mediante cerimônias secretas de iniciação que envolviam
coisas do tipo batismo com sangue de um touro abatido.
As religiões desta época tinham
liberdade de culto desde que oferecessem incenso nos altares devotados ao culto
ao imperador romano, pois Roma não se opunha a acrescentar um ídolo ao
grupo do Panteão, desde que a divindade se subordinasse às pretensões de
primazia feitas pela religião do Estado.
Havia filosofias sobrenaturais de vários mágicos como Apolônio de Tiana e
Pitágoras, cujos seguidores se reuniam secretamente para por em prática seus poderes paranormais e
estudar os significados esotéricos dos números e corpos celestes.
Quando a igreja se distinguiu do
judaísmo foi classificada como seita, uma sociedade secreta, pois empregava o
termo Senhor para se referir a Jesus e recebeu a interdição do estado romano
que não admitia rival à obediência por parte de seus súbitos, tornando-se uma
igreja ilegal por ser considerada uma ameaça a segurança do estado romano.
A religião Cristã, era rápida em
crescimento, exigia lealdade à Cristo. César era colocado em segundo plano e os
cristãos se recusavam a oferecer incenso nos altares devotados ao culto ao
imperador romano, realizavam suas reuniões à noite e em segredo. Para a
autoridade romana, tudo isso era uma clara preparação para uma conspiração a
segurança do estado e devido a isso, desencadeou-se uma terrível perseguição à
igreja.
O Cristianismo Primitivo prevaleceu ao paganismo porque oferecia uma doutrina
atraente e porque os lideres da igreja se dirigiam as necessidades humanas
melhor do que seus rivais. O Cristianismo exercia grande atrativo sobre
as classes pobres e escravas, pois os cristãos defendiam a
igualdade entre todos homens, enquanto que o
paganismo insistia na estrutura aristocrática da sociedade em que uns
poucos privilegiados eram servidos pelos pobres e pelos escravos.
Em realidade, Jesus Cristo
trouxe uma mensagem simples, que pregava o Amor como base da espiritualidade,
arrependimento e Comunhão com Deus por meio de oração e uma disposição em
promover a paz, mesmo diante da perseguição sofrida pelo império romano.
A igreja se tornou a religião
oficial do Império Romano e começou a sofrer transformações importantes como a
formalização da estrutura organizacional hierárquica centralizada em bispos,
que foi de suma importância para evitar que pessoas corrompessem os ensinos da
igreja pela persuasão e carisma.
Outras transformações
importantes foram a formalização dos
credos que resumem os princípios de que se deve crer para ser cristão e a
identificação de um cânon de escrituras cristã.
Tudo isso, devido a necessidade de
governar sem os apóstolos, que já haviam morridos e devido ao surgimento de heresias e seitas
cismáticas dentro do cristianismo.
Alexandre Oliveira Bilhalva
Nenhum comentário:
Postar um comentário