Exegese de Isaías capítulo 9 e a sua referida aplicação com base nas regras e normas exegéticas,
TEXTO-
a)
Estabeleça
os limites da perícope - Para que a
perícope seja melhor compreendida estabelecemos uma delimitação interna.
Isaías 9:1-7 – Trata do advento e o poder do
MessiasIsaías 9:8-21 – A segunda metade, transmite mensagens de juízo para os pecados de Israel e das nações vizinhas.
Os textos foram comparados com versões bíblicas diferentes para obter maior compreensão de seu conteúdo.
b)
Analise dos
paralelos-
Isaías 9: 1-4
=> Lc 4:12-17
Isaías 9:6 =>
Lc 2:11
c)
Analise dos
Fenômenos Literários –
Palavra chave do texto: Is 9:6 – Porque um menino nos
nasceu...
Isaías registra alguns fatos a respeito de si mesmo. Ele é filho
de Amoz (1.1), que conforme a tradição histórica seria o irmão do rei Amazias
(2 Reis 14.1,2); se tal tradição possui peso, então, explica o porque o profeta
Isaías tinha livre acesso as cortes dos reis de Judá tais como Acaz (Is.7.3) e
Ezequias (37.21;39.3). Este profeta era casado, sua esposa era uma profetisa
(8.1); ele tinha dois filhos (7.3; 8.3)
O profeta Isaías, teria vivido entre765 aC
e 681 a.C., durante os reinados de
Uzias,
Jotão, Acaz
e Ezequias, sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria
e à resistência de Jerusalém
ao cerco das tropas de Senaqueribe
que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios
em 701 a.C.
Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua
primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo para os pecados de
Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos
durante o reinado de Ezequias. O profeta Isaías, teria vivido entre
CONTEXTO LITERÁRIO –
Três regiões de Israel conquistadas entre 734 e 732 AC por Teglat-Falasar III,
que são: Zabulon (caminho do
mar), Neftali
(o além-Jordão) e a Galiléia
(o território das nações). Isaías fala destas regiões para despertar a
esperança: Jeová,
que humilhou estas terras, as cobrirá de glória. E o povo, que vivia nas trevas
e na tristeza, viverá na luz e na alegria. Uma alegria enorme, que é causada
pelo fim da opressão (o jugo, a canga e o bastão do opressor foram quebrados),
pelo fim da guerra (a bota e o uniforme militar foram queimados) e,
principalmente, pelo nascimento de um menino em Judá.
Este menino é um personagem da casa real, de acordo com
os quatro títulos que lhe são atribuídos em 9:5, títulos que parecem ser
características sobre-humanas e messiânicas, a sabedoria do rei na
administração (Conselheiro), sua capacidade militar (Deus-forte), zelo pela
prosperidade do povo (Pai), preocupação com a felicidade do povo
(Príncipe-da-paz), além disso 9:6 esclarece que este menino é da "casa de David" e caracteriza
suas ações: governará com direito e justiça.
Aplicação:
O “Emanuel” foi apresentado no
cap.7 e continua como o personagem principal até o fim do cap.12. Embora seu
nome apareça somente em 7.14 e 8.4, não há sombra de dúvida de que o rei
incomparável citado nesses capítulos é o mesmo Emanuel.
O ministério do Emanuel na
Galiléia –
O nono capítulo de Isaías prediz
que o Emanuel ministrará primeiramente, na Galiléia – território das antigas
tribos de Zebulon e Naftali. É nesta área que se acham as cidades de
Nazaré,Caná e Cafarnaum.
É altamente importante que nessa
localidade da terra Santa, aparecerá o Emanuel pela primeira vez como porta-voz
do Pai. Também é interessante notar que segundo a história, essa terra foi a
primeira parte da nação a cair ante o ataque dos invasores Assírios (722 a .c). Assim a duração do
cativeiro é descrita aqui como um período de trevas; e dissipando tais trevas,
brilharia a grande luz do mundo.
Deus Encarnado –
Isaías 9.6-7 é um dos textos
bíblicos mais importantes sobre a divindade de Cristo. Nessa passagem temos uma
profecia que o Cristo, uma vez encarnado, e, vindo ao mundo, teria quatro
títulos que o distinguiria como ser divino. ”Porque um menino nos nasceu...e o
seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade.
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